A vida e história de Estevão servem como exemplo de uma
pessoa que não buscou a vingança humana. Mesmo tendo razões para isso, afinal
ele foi injustamente acusado de algo que não cometeu, Estevão suportou a dor e
a morte, sem murmurar em momento algum e sem desejar que Deus pesasse a mão
sobre seus assassinos. Por isso ele foi considerado o primeiro mártir da
história da igreja.
O livro de Atos, no capitulo 6, revela que Estevão
foi escolhido, juntamente com outros seis homens, para exercer o trabalho de
diaconia. Na relação de nomes, no versículo cinco, o único que teve citadas
suas características foi Estevão. O texto diz que ele era “homem cheio de fé e
do Espírito Santo”. Credenciado, portanto, para realizar uma função tão
importante na casa do Senhor.
No entanto, alguns doutores da lei e estrangeiros
começaram a questionar as palavras e atitudes de Estevão. Afinal, elas
confrontavam as atitudes daqueles homens, fariseus, que conheciam os
mandamentos divinos, mas não viviam o que pregavam. Tinham Deus na mente, mas
não O permitiam entrar em seus corações. Eles se juntaram, subornaram homens do
povo e acusaram Estevão de proferir blasfemas contra a sinagoga e contra a lei.
Preso, Estevão foi levado ao sumo sacerdote. Diante
dele, o servo de Deus resumiu a história dos hebreus em apenas 53 versículos,
no capítulo 7. Confrontou aqueles mestres com a singeleza e simplicidade da
palavra de Deus. “Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, não a
guardastes”. Foram as palavras que enfureceram os legalistas.
Estevão foi expulso da cidade. Foi apedrejado, até a
morte. Mas não se abateu. Enquanto desfalecia, pedia ao Senhor que recebesse
seu espírito. Enquanto cada pedra atingia seu corpo, lhe provocando dor, se
colocou de joelhos e exclamou: “Senhor, não os culpe por este pecado”. E
expirou. Mesmo morto, as palavras de Estevão ainda nos incomodam. Elas nos
ensinam que a vingança não cabe ao homem. Somente Deus sabe se ela é justa ou
não.
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