O Palmeiras está nas nuvens. Um ano depois do amargo
rebaixamento à segunda divisão do Campeonato Brasileiro, pela segunda vez em
sua rica história, o alviverde de Palestra Itália vai atropelando seus adversários
e conta as rodadas para voltar à elite. Falta pouco, muito pouco. A confiança
do torcedor está de volta, vide a presença maciça em todos os jogos do time na
Série B, dentro ou fora de casa.
Em novembro de 2012, os palmeirenses choravam,
envergonhados, pela queda do time. Estavam humilhados. Em novembro de 2013, se
não for ainda antes, estes mesmos palmeirenses irão cantar, vibrar, se alegrar
com a redenção e o acesso do time. Estarão exaltados. Uma mudança radical, uma
guinada alucinante. Os humilhados, então, serão exaltados.
José passou por isso. Não deveria ser jogador de futebol,
muito menos do Palmeiras. O Palmeiras não existia em sua época, e o jogo de
correr atrás de uma bola de couro sequer havia sido inventado. Mas o filho de
Jacó passou pelo processo de redenção, da humilhação para a exaltação. Também
por duas vezes.
Primeiro José foi abandonado pelos irmãos. Primeiro jogado
em uma cisterna, depois vendido aos mercadores. Seus irmãos, que poderiam ser o
seu porto seguro, o desprezaram, motivados pela inveja. A humilhação de ver
parte de sua família o abandonar foi cruel para aquele jovem.
Depois, já na casa de Potifar, José foi mandado para a prisão,
injustamente. Acusado por um crime que não cometeu, mais uma vez lhe viraram as
costas. Teve que mofar, por muitos anos, naquela cela fria e úmida. Tudo
parecia perdido. Mais uma vez, José estava sendo humilhado.
Mas Deus havia preparado algo muito grande na vida de José. Permitira
aquele sofrimento, aquelas humilhações, para forjar o caráter daquele homem,
que um dia seria governador do Egito. Deus sabia que José seria importante para
a história do Seu povo. Mas ele teria, primeiro, que passar pela escola do
sofrimento, da dor e da humilhação. A exaltação, entre seus irmãos e todos os egípcios
e hebreus, seria o diploma daquele curso.
Por isso, palmeirense, aproveite. Na vida, não conseguimos
prever se, e quando seremos humilhados. Mas podemos tirar lições valiosas desta
humilhação. Humildade, confiança em Deus e certeza da Sua redenção são matérias
obrigatórias nesta jornada.
Deus abençoe.
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