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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

A justiça exalta os povos

Temos passado por uma grave crise institucional em nossa nação. Escândalos no meio politico fazem parte do noticiário, quase que diariamente. Senadores, deputados, governadores. Corrupção, abuso de autoridade e desvio de dinheiro público. Combinação que envergonha. Em minha cidade, para não ir muito longe, o prefeito acaba de ser cassado, por suspeita de "Caixa 2" em sua campanha eleitoral. Muitos brasileiros estão decepcionados com esta nação.

O sábio salomão diz, em Provérbios 14: 34, que "a justiça exalta os povos, mas o pecado é a vergonha das nações". O pecado, sempre o mau e velho pecado. É o pecado que leva ao desvio de verbas que deveriam ser destinadas à saúde ou combate à fome. É o pecado que faz com que os homens se esqueçam dos seus princípios, ignorem qualquer noção de ética, e se afundam em conchavos que buscam apenas e tão somente seus benefícios próprios. E o povo? Como bradava o personagem do saudoso Chico Anísio, "o povo que se exploda!!!".

Se o pecado tem envergonhado nossa nação, e muitas outras pelo mundo, Provérbios também mostra a receita para a exaltação dos povos: a justiça. Clamamos por justiça. Esperamos por justiça. Precisamos que os condenados realmente fiquem condenados. Necessitamos que os cassados deixem seus cargos e conluios. É fundamental que bandidos e criminosos sejam punidos na medida justa pelos crimes que cometeram, seja eles analfabetos ou formados, pobres ou ricos, negros ou brancos, com farda ou sem ela. Não deve haver distinção.

Parece utopia este pedido. Estaria eu com febre? Delirando? Não, nada disso. Me prendo à Palavra de Deus. Creio que Americana e o Brasil podem ser exaltados. Tenho certeza que nosso povo não precisa se manter envergonhado, desanimado e descrente. Abandonemos a vergonha do pecado e busquemos a justiça que exalta.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Eu sei em quem tenho crido

Como é bom sabermos e conhecermos em quem depositamos a nossa fé e nossa esperança. Qual confortante é temos a certeza de Deus que cuida de nós, ampara em nossas dificuldades e alimenta nossa busca por uma vida melhor, não nesta terra, mas com Ele, para sempre, nós céus. Como Paulo podemos dizer: "...porque eu sei em quem tenho crido, e estou certo que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia" II Timóteo 1:12.

O velho e sábio Paulo estava preso, quando escreveu a carta à Timóteo. Estava numa prisão fria, úmida, cercado de outros prisioneiros acusados dos mais diversos tipos de crimes. Se fosse outra pessoa, até mesmo você e eu, Paulo desejaria a morte, alegando que não resistiria ficar nenhum minuto mais naquele lugar. E, pior, começaríamos a murmurar, reclamar, questionando fato de, na nossa visão, Deus ter nos esquecido e abandonado naquele cárcere.

Mas o apóstolo não pensava desta forma. Paula sabia que aquela prisão era uma providência divina, com um intuito infinitamente maior do que qualquer mente humana pudesse compreender. Ele nunca "determinou" ou "decretou" que as paredes daquela cadeia ruíssem. Tampouco usou sua santidade e relacionamento intimo com Deus para exigir algum tipo de beneficio. Ele apenas esperou, certo de que, se fosse a vontade de Deus, ele seria liberto.

O combustível da nossa esperança de livramento é a nossa fé. Se estamos presos, mesmo que em cadeias invisíveis, devemos reconhecer que o Deus em quem temos crido é poderoso para nos guardar e livrar, se for o caso. Mais do que bençãos e milagres nos dias de hoje, devemos ansiar àquele dia. Paulo sabia como este dia seria maravilhoso, ao ponto de esquecer todos os sofrimentos daquela prisão. E nós, hoje, também precisamos ter isso em mente e não nos envergonhamos. Nada neste mundo se compara ao que Deus nos tem preparado.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Jesus não marginalizou a mulher samaritana

O diálogo entre Jesus e a mulher samaritana, junto ao poço de Jacó, é uma excelente lição nos ensinada pelo mestre. Mesmo indo contra todas as convenções e os conceitos judeus, o Senhor quebrou paradigmas. Conversou com uma mulher, o que era considerado imoral para a sociedade da época, e se dirigiu à uma samaritana, povo considerado inimigo mortal para os judeus. Mas Jesus provou que não tinha nenhum tipo de preconceito.

Como profeta, o Pai mostrou àquela mulher que conhecia muito da sua vida. Sabia que ela já passara por diversos casamentos e, por isso, era renegada pela sociedade. O versículo seis, do capítulo 4 de João, diz que tudo aconteceu na hora sexta, ou seja, por volta do meio dia. Neste horário, as mulheres já tinham passado pelo poço, fazendo com o que o movimento fosse pequeno. Provavelmente a mulher samaritana tinha vergonha de sua situação e medo de ser desprezada.

Jesus não se importa com a situação em que vive o ser humano. Ele apresenta e espera por mudanças. Ao conversar com aquela mulher, Ele sabia o quanto ela precisava de uma palavra de conforto. A mulher necessitava se sentir amparada, compreendida, mesmo que Jesus não concordasse com o seu estado de vida atual. Por isso foi lhe apresentada uma água especial, diferente de todas as águas que ela já havia retirado daquele poço.

A água da vida está a disposição de todos. Não importa quais os defeitos, quais as limitações que enfrentamos. Talvez estejamos marginalizados, renegados pela sociedade. Em alguns casos até as outras pessoas, consideradas "dignas" no evitam e discriminam. Mas Jesus não. Ele interrompe sia jornada, para junto ao lugar onde estamos e puxa conversa conosco. Tem muito a nos oferecer. Nos oferece a sua água, a sua vida. E quem a bebe nunca mais terá sede.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Os olhos verão a recompensa dos ímpios

Estamos vivendo em mundo, em uma sociedade permeada de injustiças. Para onde nós olhamos, podemos contemplar pessoas inescrupulosas, desprovidas de caráter, sem temor de Deus, que não medem esforços para levar vantagem na vida. Doa em quem doer, custe o que custar, gananciosos desprezam bons princípios para conseguirem o que tanto almejam. Triste, muito triste saber que as novas gerações estão seguindo a fórmula do crescimento à base da queda do nosso próximo.

Quando isso acontece, a primeira reação dos justos, como eu e você, é de indignação. Poxa vida, pensamos, como nós, que buscamos agir corretamente, respeitar os outros semelhantes, muitas vezes sofremos em nossas vidas? Por outro lado, o nosso parente, vizinho, colega de trabalho, não tem o minimo de agir cristão, como verdadeiro seguidor de Cristo, e mesmo assim prospera? Existe injustiça de Deus nisto? Absolutamente não.

O Salmo 91, uma das passagens mais lidas da Bíblia, nos dá uma resposta à essa pergunta. O versículo 8 é um bálsamo para aqueles que estão cansados de presenciar os triunfos dos injustos, na mesma medida que observa as dificuldades de sobrevivência daqueles que temem à Deus. "Somente com os teus olhos contemplarás, e verás a recompensa dos impios". E recompensa, aqui, com certeza não se refere à coisas boas.

Nós, como cristãos genuínos, nunca devemos desejar o mal de alguém. Nem o próprio Deus o deseja. Mas podemos ter certeza de uma coisa: aqueles que fazem o mal, que cometem injustiças, receberão o seu pagamento, nesta vida ou na eternidade. Se você faz o bem e vive uma vida justa, se deleite com o versículo 9. "Porque tu, ó Senhor, és o meu refúgio. No altíssimo fizeste a tua habitação". Confie em Deus. Ele fará sua justiça.


sábado, 7 de setembro de 2013

Fiquemos com a Palavra, ela nos basta.

A preocupação de Paulo com as novidades que alguns judaizantes estavam tentando implantar aos gálatas era legitima. Afinal, os crentes daquela região, espiritualmente frágeis, estavam propensos a esquecer tudo aquilo que aprenderam de Deus, através das palavras paulinas, para seguirem as fábulas contadas pelos falsos profetas. Seria uma atitude deliberada de abandonar a palavra da verdade, para seguir ensinamentos que os conduziriam à morte em vida. "Porque não o recebi (o evangelho) de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo" (Gálatas 1:12).

Infelizmente, esta prática também é comum nos dias atuais. As igrejas estão infestadas de pregadores do novo milênio, que se declaram porta vozes vindos direto dos céus, com mensagens totalmente contrárias àquelas reveladas na Bíblia. Não contam com a graça divina e, por isso, fazem graça na tentativa de convencer os fieis. E, infelizmente, conseguem em muitas casos. Isso é um perigo, um câncer que destrói igrejas, ministérios e vidas espirituais.

A palavra de Deus, ao contrário do que muitos pensam, é extremamente simples. Nela encontramos as verdades que iluminam nossas vidas, nos incentivando a deixar o pecado e buscar uma vida de santidade, próxima ao Pai. Nenhum capitulo, nenhum versículo, nada na Bíblia permite uma interpretação errônea, distorcida. Estes "ruídos" na palavra divina são causados pelos homens, em especial aqueles que, como disse Paulo, "querem transtornar o evangelho de Cristo" (1:7).

Vamos aprender a rejeitar essas heresias malignas. Como letra fria, a Bíblia não apresenta nada de diferente, desde quando foi escrita a milhares de anos. Mas como Palavra de Deus, ela se renova diariamente. Ela se basta sozinha, sem a necessidade de subterfúgios ou "novas revelações". Repitamos as palavras de Paulo, escritas no versículo 9 do primeiro capítulo da epístola aos Gálatas: "Se alguém vos anunciar outro evangelho, além do que já recebestes, seja anátema".

Bom final de semana.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Recado aos amigos tricolores

Atendendo a pedidos, excepcionalmente, hoje quero escrever para um público específico. Não que os demais públicos não possam ler o blog hoje. Pelo contrário, sua leitura e seu comentário sempre serão necessários, para aprimorar meus textos e me aproximar de você, leitor. Mas hoje quero escrever aos torcedores do São Paulo. Meu amigo, que draga!!! Os corintianos, como eu, sabem o que é isto. Os palmeirenses, como Zaramelo Jr., Cristian Eduardo e Juraci Catarino conhecem em dobro. O medo do fantasma do rebaixamento.

Por isso sugiro algumas ações que servirão para amenizar o sofrimento tricolor. E recomendo ao Nacim Elias, Allan Torres, Bruno Neves, Frank Chossani e tantos outros milhares de aficionados pelo clube do Morumbi. Primeiro: acreditem. Até porque não adianta nada jogar a toalha neste momento, ainda faltam 20 jogos. Se o time ganhar todos estes 20, será campeão brasileiro. Segundo: vão aos estádios. Encham as arquibancadas, vibrem, gritem, se descabelem. Nada melhor que transmitir energia aos limitados Neguebas e Reinaldos da vida. E, terceiro: já reservem hotéis em Arapiraca e Varginha, para o ano que vem. Vai que...

Se serve como consolo, saibam de uma coisa: vocês não irão morrer. Pelo menos não se o São Paulo for rebaixado. Eu costumo observar sempre a metade cheia do copo. A série B é um troféu que o tricolor ainda não possui. Um Soberano não pode deixar faltar nenhuma taça em sua galeria. Seria o tradicional juntar o útil ao agradável, ou a fome com a vontade de comer. A gente só valoriza uma coisa boa quando conhece algo ruim.

Vamos torcer. Ganhar do Náutico e do Fluminense foram duas proezas, temos que reconhecer. Como ainda teremos o segundo turno, podemos dizer que outros seis pontos estão garantidos. Mas por favor, não vamos encarnar os dizeres do hino. As suas glórias vem do passado?

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Lembranças de um pequeno palestrino

Pedro tem onze anos de idade. Onze anos de muita energia e disposição. Filho de pais italianos (que lhe deram o nome em homenagem ao primeiro Papa), ele não poderia torcer por outro time que não fosse o Palmeiras. As primeiras palavras que ele aprendeu a falar foram, além dos óbvios papai e mamãe, verdão, porco e São Marcos. Desde muito pequeno Pedro já vibrava com as defesas, algumas tidas como milagrosas, do goleiro do seu time.

Incentivado por seu pai, Pedro tinha um sonho. Assistir a um jogo do Palmeiras no Palestra Itália, a casa alviverde. Cantar os belos hinos que a torcida cantava, gritar o nome de cada jogador do time e vibrar, vibrar muito com os gols de uma provável goleada contra um adversário qualquer. Era o sonho perfeito de uma tarde perfeita.

Um dia após o aniversário de Pedro, Giacomo, o seu pai, resolveu que o grande dia havia chegado. Laura, a mãe, não gostou nenhum um pouquinho da idéia, fazendo aflorar os mais preocupados sentimentos maternos. Por fim, depois de um intenso debate, prevaleceu a vontade dos homens da família. E o presente de Pedro estava garantido.

Já passavam das duas horas da tarde quando os dois, pai e filho, saíram de casa. Não distante três quadras do estádio. “Vamos a pé para já vivenciar a festa da torcida Pedrinho”, disse o pai, num misto de alegria, orgulho e emoção. Pedro nem tinha palavras. Não precisava delas. O brilho do seu olho e seu sorriso já dizia tudo.

Na avenida que passa em frente ao Palestra, Giacomo percebe uma estranha movimentação. Seria uma comemoração? Improvável, já que o jogo não havia começado. Era um tumulto de torcedores, sem ingressos, que enfrentavam a policia, para entrar no campo sem ter direito a tal. Pedro foi abraçado fortemente pelo pai, se sentindo protegido.

Saindo dessa confusão os dois chegaram às bilheterias. Para garantir o conforto dos dois, Giacomo resolvera comprar ingressos das cadeiras especiais, reservadas. Mais caras, mas infinitamente mais agradáveis que as arquibancadas comuns. Quando lá chegaram, notaram que a cadeira deles estava ocupada por outro torcedor. Mas como? Elas não são reservadas? Procurou um segurança do clube que, com grosseria, disse que ele deveria ter saído mais cedo de casa. Quanta indelicadeza... Para não gerar atritos, Giacomo sentou-se em outro lugar.

Quando o jogo começou a dupla se esqueceu dos infortúnios passados. Pedro, principalmente, se deliciava com cada lance, cada chute, carrinho do zagueiro ou até mesmo arremesso lateral. Nada passava pelo seu olhar atento, apaixonado e apaixonante. “Pai, o Marcos é o melhor goleiro do mundo”, dizia ele constantemente, mesmo sem o goleiro ter sequer feito uma grande defesa. No fim, vitória do Palmeiras, por 2 a 0, finalizando uma tarde maravilhosa, um presente de aniversário inesquecível. Pelo menos era o que pensava Pedro.

Quando deixava o portão, pela saída principal, Giacomo viu dois torcedores discutindo. Não eram rivais, ambos usavam camisas verdes. Em poucos segundos, o que era apenas um dialogo mais exaltado se tornou em uma briga generalizada. Pior, como os torcedores que estavam dentro queriam sair, enquanto os de fora tentavam retornar para o interior do estádio, o pai se viu encurralando, segurando um assustado Pedro pelos braços.

Em um momento de inquietação Giacomo avistou alguns policiais que se aproximavam do tumulto. “Quem bom”, pensou ele. “A ordem será restabelecida”. Puro engano. Para tentar dissipar os brigões, a Policia distribuiu cacetadas aleatoriamente, se utilizando também de bombas de gás para apressar a dispersão. Apanharam jovens e velhos, homens e mulheres, encrenqueiros e apenas torcedores. Pedro escapou. Giacomo não. Foram duas pancadas nas costas, além de um soco, desproposital, de um homem desesperado que tentava se safar.

Como saldo dessa batalha, dezenas de pessoas ficaram feridas. Poucos torcedores foram presos. Giacomo e Pedro conseguiram chegar em casa apenas três horas após o término da partida. Lá, encontraram uma esposa e mãe preocupada e brava, como uma legitima italiana. A raiva gerou um discurso inflamado, lembrando da recomendação dada para que o passeio não acontecesse. A preocupação fez com que ela cuidasse do filho, chorando desesperadamente, e do marido, cheio de feridas.


No entanto, em Pedro, ficaram feridas que nenhum carinho de mãe cura. Ferimentos que desmancharam o sonho de um menino, que, no seu aniversário, sonhava em ver o seu time jogar e vencer, mas não imaginava que essa vitória iria provocar tantas dores. O Palmeiras ganhou um jogo, apenas mais um jogo. Mas perdeu o mais importante. O privilégio de povoar o mundo encantado de uma criança.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Nade rumo à praia da realização pessoal

Fiquei encantando ao conhecer a história de superação de uma mulher, de 65 anos, que foi de Cuba aos Estados Unidos nadando. Isto mesmo, nadando. Sem avião, trem de alta velocidade ou carro de última geração. Ela encarou os desafios do mar gelado, a escuridão da noite e as dores pelo corpo. Já tinha tentado outras vezes, inclusive 30 anos antes, mas agora, finalmente, ela conseguiu vencer um dos seus maiores desafios na vida.

A história desta senhora me fez pensar: como nós, seres humanos, somos incapazes de reconhecer nossas próprias capacidades!!! Afinal, desistimos de nossos objetivos ao encarar a primeira pedra pelo caminho. Damos meia volta quando encontramos a primeira barreira. Da obstinação e obsessão por aquilo que tanto lutamos, resta apenas a decepção e a desilusão por termos nos sentido fracos e sem capacidade de alcançar êxito.

Já pensou se ela tivesse abandonado seus planos no primeiro fracasso? Provavelmente, hoje, ela seria uma mulher frustrada, esquecida. Não teria reconhecimento algum dos seus feitos. Não somente ela, mas inúmeros outros personagens históricos só merecem essa denominação porque não tiveram medo de errar. Pelo contrário, usaram os erros como combustível para buscar uma capacitação ainda mais plena, possibilitando as vitórias nos intentos aos quais se propuseram fazer.

Você não precisa nadar de Cuba até os Estados Unidos. Nem mesmo precisar nadar. Basta acreditar, confiar no seu potencial. Basta ter a consciência de que você sempre poderá mais. E quando alcançar um objetivo, outros maiores estarão te esperando. Tropeços vão acontecer. Quedas e ferimentos serão inevitáveis. Mas não desista. A praia, do outro lado do oceano, te espera de braços abertos.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Quem enxuga as nossas lágrimas?

Temos chorado muito neste últimos dias. As lutas, aflições, dificuldades que o mundo nos impõe, nos fazem chorar bastante. Temos perdido nossos filhos para as drogas, nossos cônjuges para o adultério, nossos pais para a depressão. Entes queridos estão morrendo, físico e espiritualmente, sem nada podermos fazer para mudar a situação. Nosso planeta geme com destruições, terremotos, inundações, guerras, além da temível ambição humana. Enfraquecidos e incapazes de mudar este status quo, optamos pelas lágrimas.

Em algumas circunstancias, existem pessoas ao nosso lado, que se não enxugam nossas lágrimas, pelo menos se oferecem para chorar conosco, ao nosso lado. São anjos vestidos de homens, que não necessitam de palavra nenhuma para nos ajudar. Seu simples carinho, seu ombro amigo, seus ouvidos para nos ouvir, nos ajuda quando não existem mais soluções para nossos problemas, que não seja chorar. O choro que desafoga nossa alma e refresca o nosso coração.

No entanto, algumas pessoas estão sós. Carentes, solitárias, não contam com amigos, família, ninguém para os ajudar, chorar com eles e enxugar suas lágrimas. E aí que Deus age. E é aí que estes percebem não estar abandonados. Apocalipse 4:21 diz que "Deus enxugará dos nossos olhos toda a lágrima". O próprio Deus. Não será nenhum psicologo, psiquiatra, terapeuta, acompanhante. Não. Será o próprio Deus. Ele sabe que choramos. Ele sabe e reconhece os motivos pelo qual choramos. Ele enxugará nossas lágrimas.

No contexto em que o versículo citado está inserido, João fala de forma escatológica, dos novos céus e terra. Mas esta palavra serve para nós, nos dias de hoje. Deus enxuga e enxugará nossas lágrimas. Basta estarmos com Ele, ao lado dEle. Talvez Deus não tem impedido a gente de chorar, mas nenhuma lágrima é perdida, sem que Ele enxugue.