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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Vamos valorizar o beijo

Você já percebeu como o beijo se tornou algo banalizado? Sério, a modernidade conseguiu transformar o beijo em uma coisa corriqueira, comum, quase que superficial. Se outrora era algo sublime, solene, porta de entrada para um relacionamento sério, hoje o beijo se tornou apenas mais um número, quesito nas estatísticas de moços e moças que saem para uma balada. Quanto mais beijo, mais querem me beijar, diz a nova teoria.

Não sou tão velho assim, mas sei que, antigamente, namorados se beijava apenas após vários encontros. Se pegar na mão já era difícil, imagine um beijo, mesmo que no rosto!!! Sei de casais que se beijaram pela primeira vez, pasmem, somente após o "sim" na cerimônia de casamento. Beijos na boca, destes de línguas, já foi até considerado um pecado mortal, semelhante a um sacrilégio. Quantas mudanças apreciamos nas últimas décadas.

Hoje desconhecidos se beijam antes de informar seus nomes. Homens beijam homens e mulheres beijam mulheres. Já existem festas dedicadas ao beijo. Livros com técnicas para um bom beijo. Comunidades na internet foram feitas para que os beijoqueiros relatem suas atividades, inclusive com placares marcando a quantidade de bicotas dadas naquele dia. A tecnologia permite até beijos online, sem contato físico. A única vantagem, neste caso, é não haver beijos ruins.

Eu não sei o valor que você dá ao beijo. Não faço ideia de quantos beijos você já distribuiu hoje ou nesta semana. Pode ser até que você esteja fazendo jejum de beijos, não sei. Mas, por favor, vamos tratar o beijo da forma que ele merece. É uma das mais sinceras expressões de carinho. Um beijo bem dado é capaz de prender a respiração, quase sufocar. Quando beijamos, com amor, nosso coração dispara, aumentando a pressão sanguínea. É um êxtase.

Por isso, não beije por beijar. Não beije apenas para ser parte do "grupo". Não dê importância àqueles que tiram sarro de você, chamando-o de BV (boca virgem). Diga apenas que está esperando a pessoa certa, que lhe dará o melhor beijo da sua vida, durante toda a sua vida.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Cheguei a mil visualizações. Obrigado, 1000 amigos.

Na vida é possível ter mil amigos? Não digo nas redes sociais, Twitter, Facebook ou Orkut. Digo na vida mesmo, no conviver diário. É muito amigo, não acha? E, quando falo amigo, digo na plena expressão da palavra. Não falo de colega, conhecido, companheiro de trabalho. Digo amigo, amigo. Aquele que te liga pra saber como está, que chora com você e dá gargalhadas contigo, nas horas felizes. Aquele que caminha ao seu lado nos momentos mais difíceis da sua vida. Esse é o amigo.

Não sei se tenho mil amigos. Não sei nem quantos são realmente. Mas são muitos, graças a Deus. E muitos deles me dão o prazer de visitar este humilde blog, seja todos os dias, uma vez por semana ou uma única vez no mês. É para eles, ou melhor para vocês, que escrevo este texto. Para agradecer as mais de mil visualizações neste espaço, desde quando ele nasceu.

Aqui falo de meus sentimentos. Escrevo com o coração, com a alma. Palavras que expressam aquilo que vivo ou já vivi e aquilo que acredito. Misturo um pouco de fantasia e realidade, mas sempre tentando ensinar alguma coisa importante para os meus leitores. Espero que este propósito esteja sendo cumprido. Se não, prometo procurar melhorar.

Neste blog não existe preconceito, nem limitações. Todos podem ler. Homens, mulheres, jovens ou idosos. Palmeirenses, corintianos, santistas ou são-paulinos. Evangélicos ou católicos, ricos ou pobres, urbanos ou rurais. Todos são bem vindos, não somente com a sua leitura, mas com seus comentários e opiniões. Serão sempre bem-vindos.

A mim, não resta mais nada a dizer. Apenas, obrigado!!!

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Deus, me livrai dos violentos, inclusive os torcedores

As imagens dos últimos confrontos entre torcidas organizadas no Brasil, nos jogos envolvendo Vasco, Flamengo, Corinthians e São Paulo, trouxeram à tona, novamente, o temor que os torcedores “comuns” têm de ir aos estádios, correndo o risco de serem agredidos pelo rival. Novamente estamos vendo gangues, disfarçadas de torcidas, que não pensam em outra coisa que não seja agredir, bater, ferir e, em alguns casos, até mesmo matar.

Como agravante, no jogo Vasco x Corinthians, em Brasília, em meio à briga dos torcedores, foram flagrados um vereador e um dos ex-prisioneiros que ficaram encarcerados na Bolívia, após a morte de um garoto que torcia pelo time local, pela Libertadores. Lamentável!!! Um “representante” do povo e um reincidente em ocorrências do tipo.

O mais triste é saber que brigas como estas acontecem com torcedores de todos os times, grandes ou pequenos, de capitais ou interior. Aliás, a violência e agressividade não estão restritas apenas aos campos de futebol. Elas estão em toda a sociedade. O Salmo 140 mostra a aflição de um homem, constantemente afligido por ações violentas. Ele começa sua oração pedindo a Deus o livramento dos violentos e perversos.

Os versículos que se seguem mostram ainda mais o desespero daquele clamor. “Homens arrogantes prepararam armadilhas contra mim, perversos estenderam as suas redes; no meu caminho armaram ciladas contra mim”, diz o versículo 5. O salmista estava atemorizado.



Todos nós, servos de Deus, estamos sujeitos à violência, seja em um estádio de futebol, na rua de casa ou mesmo dentro de nossos lares. Por isso, devemos orar continuamente ao Senhor, como fez o salmista, para sermos livrados dos homens violentos, sejam eles corintianos, palmeirenses ou são-paulinos. A violência e a barbárie não possuem paixões clubisticas.

Como consolo, no mesmo salmo Deus envia a resposta: “Sei que o Senhor defenderá a causa do necessitado e fará justiça aos pobres. Com certeza os justos darão graças ao teu nome, e os homens íntegros viverão na tua presença (Salmos 140:13-14). Fiquemos com esta palavra. Seja você jogador, dirigente ou torcedor, lembre das palavras de Cristo, que nos adverte a buscar a paz com todos.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Um ótimo dia para recomeçar

Segunda-feira é dia preferido para iniciar projetos. Dez em cada pessoas projeta o começo de alguma para coisa para a segunda-feira. Seja o esperado e tão necessário regime. Seja o começo das aulas daquele curso técnico, de línguas ou de pós-graduação. Seja o novo emprego, tão aguardado e almejado, que fez você torcer para o final de semana passar rapidinho. Não importa a meta, mas certamente ela foi marcada para começar nesta segunda-feira.

Não existe nada de ruim nisso. Pelo contrário, quando projetamos algo, significa que vamos nos empenhar ao máximo para que este algo se realize. Até levamos em conta as dificuldades, as pedras que deveremos encontrar pelo caminho. Mas seguimos em frente, batalhamos em busca da conquista. Colocamos em mente que iremos conseguir o que queremos e, muitas vezes, realmente conseguimos. Mas, em algumas poucas vezes, nos frustramos.

E é contigo que eu quero falar. Tudo bem, escrever. Você que começa hoje seu 45º regime. Você que vai iniciar mais um curso profissionalizante, mesmo depois de ter abandonado uns três antes mesmo de completar dois semestres. Você que começa em um novo emprego, confiando que, enfim, sua carreira profissional irá decolar. Quero dizer-te que és um privilegiado. Nós somos pessoas privilegiadas. Afinal, ainda temos a chance de tentar de novo, começar de novo.

Puxe pela memória: quantas pessoas que você conhece que não tiveram essa chance? Quantos gostariam, dariam a vida pela chance de um recomeço, e não o podem? Quantos amigos, conhecidos, ficaram pelo caminho, buscando algo novo para suas vidas, suas existências. Eles gostariam de estar no meu e o no seu lugar.

Por isso, boa segunda-feira. Boa semana. Bom recomeço. Encare esta nova etapa em sua vida como única, exclusiva e inigualável. Olhe para este dia, para esta semana, como o momento certo para transformar sua vida, talvez em algo que nunca poderia esperar.

Seja feliz.

domingo, 25 de agosto de 2013

New é novo, Nilkelly é wonderful!!!

Deus me deu vários presentes na vida. A salvação da minha alma foi a o maior deles. Meus pais, pelo curto tempo que estiveram ao meu lado, também foram presentes. Meus irmãos, familiares, meus amigos. Todos presentes maravilhosos. Meus dons e talentos também são presentes vindos dos céus. Não teria como retribuir por essas dádivas. Não sou merecedor de nenhuma delas, mas o Pai Eterno me concedeu graça e misericórdia.

Mas quero, neste domingo, falar de um presente especial. Um grande presente, em todos os sentidos. Deus me deu um anjo, em forma de menina. Menina tímida, de falar baixinho, de sorriso pueril. Simples, mas nunca ingênua. Quieta, mas nunca letárgica. Elegante, sempre, mesmo nas horas mais descontraídas. Séria, até mesmo ao ouvir minhas melhores piadas. E linda, como poucas criaturas vindas das mãos de Deus.

Falo do meu amor. Mais que minha namorada, ela é minha companheira. Já riu bastante comigo, e já chorou várias vezes ao meu lado. Se tenho um problema, ela se preocupa mais do que eu. Se descobri uma solução, me liga, extasiada, para contar a boa nova. Trabalhadora, dedicada, esforçada. Digna de ser chamada uma mulher guerreira. Em busca de novas oportunidades, deixou a cidade pequena. Desbravou distâncias para vencer na vida. E para entrar na minha vida.

Seu nome é diferente. Nil ou New? Kelly ou Kellen? Nilkelly. Nova. Bela. Especial. Ela não é perfeita. Tem seus dias de crises. Mas não perde a pose, tampouco a razão. Brava, arma um bico gigante, é melhor nem puxar assunto. Quando carinhosa, não conheço mãos mais sublimes. Se possível fosse, deixaria sua vida de lado, para dar aos outros. Um tesouro vindo de Caconde.

Não sei se sou digno de ter a Nilkelly ao meu lado. Se ainda não sou, peço a Deus que me transforme neste digno. Sonho, de coração, estar ao lado dela pelo resto da vida. Sem clichês, mas na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Nas vitórias, que serão muitas em nossa caminhada.



Meu amor, perdoe minhas imperfeições. Nenhum homem, exceto seu pai, poderia te amar como eu te amo. Porque Deus colocou esse amor em meu coração. Sou feliz. Me tornei vivo ao conhecer você. Parece um paradoxo, mas essa vida, mesmo quando terminar, será eterna ao seu lado.

Nilkelly, te amo!!!

sábado, 24 de agosto de 2013

Um "não" com propósitos

Creio que você, assim como eu, já se perguntou algumas vezes o porque de certas coisas não darem certo em nossas vidas. Por que não conseguimos trocar de carro, cursar uma faculdade, nos casar ou ter filhos? Por que não consigo aquele emprego tão desejado, tão sonhado? Por que minha aposentadoria não é liberada de uma vez, ou por que não consigo sair do aluguel? Por que, por que, por que? Palavras que não saem do nosso vocabulário.

Mas já parou para pensar que existe um propósito nisso tudo? Deus é quem opera em nós tanto o querer quanto o efetuar. Se as coisas acontecem ou não em nossas vidas, passa pelo crivo do Senhor, que nos criou e nos sustenta. Ele nos diz não, nos diz aguarde ou nos diz é agora. Três respostas. Três decisões. Três alegrias ou três frustrações. É assim o agir de Deus. Nada, absolutamente nada acontece conosco, sem que Deus determine. E, veja bem: Ele determina. Nós não temos o poder de determinar nada.

Por isso, se você anda a pé, sem condições de comprar um carro, glorifique à Deus. Ele te deu pernas sadias e fortes para caminhar. Se você chora e clama por um filho, glorifique ao Pai. Ele conhece o mundo em que vivemos e, se for Sua vontade, vai lhe presentear com um herdeiro. Se o relacionamento não deu certo, mesmo parecendo um conto de fadas, glorifique ao Senhor. Você não faz ideia de quantos livramentos Ele evitou para sua vida.

Deus está no controle de tudo. Nem um fio de cabelo cai de nossa cabeça, sem que Ele saiba. Vamos aprender a confiar e descansar nEle. Afinal, o Senhor sabe os pensamentos que têm sobre nós, pensamentos de paz e não de mal, para nos dar o fim que desejamos.

Boa noite.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Consolai o meu povo, diz o vosso Deus

Como é gratificante termos um Deus que nos consola. Mesmo com nossas falhas, tropeços e falta de fé, o Senhor nos consola. O capítulo 40 de Isaías mostra exatamente isso. Mostra que o povo de Deus, Israel, já havia pago por todos os seus pecados, que iam de murmuração até a idolatria. Sofreram as consequências por terem se distanciado do Senhor, mas foram agraciados com o fato do Senhor nunca ter se distanciado deles.

Além disso, o texto mostra que a recompensa dada por Deus suplantava, de longe, os pecados cometidos pelo povo. É a misericórdia divina, que não olha para trás, que não lembra nossos tropeços. Pelo contrário, nos pega pela mão e nos ajuda a levantar. Temos um Deus que apaga de sua memória nossos fracassos, desde que o reconheçamos, nos arrependamos e estejamos prontos para pedir perdão. Ele nos perdoa.

Essa passagem maravilhosa nos traz uma magnifica aplicação pessoal. Deus sabe o quanto somos fracos, tendenciosos ao pecado e ao erro. Mesmo assim Ele nos perdoa. Permite que soframos as consequências destes atos, com o intuito de nos calejar para evitar os mesmos erros no futuro. Mas nos perdoa. Eu sei disso. Você sabe disso. Eu e você já pecamos tantas vezes, hoje inclusive, mas fomos e estamos sendo perdoados.

Está sofrendo? Sim, e com certeza está doendo. Eu não sei o motivo desta dor. Creio que você também não saiba. Mas dói. No entanto, acalme seu coração. Deus vai te consolar. Você já cumpriu o trabalho que lhe foi imposto, pagou por sua transgressão. Receba da mão do Senhor em dobro!!!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Varas que não vivem sem o tronco

Nós, os humanos, temos a péssima mania de achar que somos fortes, potentes, inteligentes demais. Acreditamos que nossa sabedoria limitada é suficiente para conquistarmos o mundo. Temos a certeza que nossos conhecimentos podem nos levar além das fronteiras, desbravando o universo e chegando à fórmula da via e do sucesso. Ledo engano. Pelo menos em sua totalidade. Somos, sim, capazes de muitas coisas. Mas precisamos de Deus. Dependemos dele.

O evangelista João diz, em seu capítulo 15 e versículo 5 que, sem Jesus, nada poderemos fazer. Ele começa o texto falando sobre a videira, uma das três importantes árvores na história dos hebreus, ao lado da figueira e da oliveira. O próprio Jesus se denomina a videira verdadeira e o Pai é o lavrador, o viticultor. Nós, o seus filhos, somos as varas. Ele é o tronco. Se nós, como varas, não estivermos presos ao tronco, nada poderemos fazer.

Por mais que o homem se esforce, estude e se capacite, ele nunca será independente de Deus. Todas as nossas decisões, mesmo que feitas sem nenhum tipo de consulta, passam pelo crivo do Pai Eterno, crendo você Nele ou não. Desde a compra de um móvel novo, até a viagem sonhada ao exterior, passando pela troca do seu carro, tudo depende de Deus. Se somos inteligentes e grandes neste mundo, é dádiva e misericórdia do Senhor.

Que tenhamos essa verdade em mente. Nenhuma vara, nenhum galho subsiste sem um tronco. Para existir, o tronco não precisa de galhos, mas o contrário sim. Essas varas, que somos nós, não possuem vida própria, tampouco tomam decisões sozinhas. Dependemos de Deus, precisamos de Deus. E quer saber de uma coisa? Não existe nada melhor do que isso.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Deus de promessas!!!

Poucos homens na história da humanidade receberam tantas promessas de Deus como o patriarca Abraão. Homem escolhido pelo Senhor para ser o pai de muitas nações, recebeu a primeira grande promessa, ainda como Abrão, relatada no capítulo 12 de Gênesis. Deus lhe ordenara sair de sua casa, da sua parentela, e seguir para um lugar desconhecido. Ele atendeu.

Outra promessa de Deus feita a Abraão, intimamente ligada à primeira, foi de lhe dar um filho. Mas como? O velho Abraão já estava com a idade avançada. Sua mulher, Sara, também não estava mais no período de dar a luz e, ainda por cima, era estéril. Situações adversas que permitiriam a qualquer pessoa duvidar daquelas palavras, mesmo vindas do Senhor.

Mas Deus cumpriu. Abençoou Abraão de tal maneira que, até hoje, ele é chamado de pai de nações. E lhe deu um filho, Isaque, que foi a mola propulsora para a formação do povo de Israel, a nação escolhida por Deus para ser sua protegida. E nós, após a primeira vinda de Jesus, também nos tornamos parte dessa benção, o Israel de Deus.

Por isso, se você tem promessas na sua vida, vinda de Deus, faça duas coisas: creia, mesmo que o que foi prometido pareça um absurdo, algo até mesmo irracional; e espere o tempo de Deus, que é muito diferente do nosso. Sua promessa divina pode ser cumprida amanhã, semana que vem, no próximo mês ou mesmo demorar alguns anos. Mas tenha certeza que o Senhor vai realizar tudo aquilo que preparou para sua vida e de sua família.

Abraão deve ser nosso exemplo e paradigma. Nunca duvidou das promessas divinas, mesmo quando Deus pediu a vida do seu filho tão querido, Isaque. Deus é fiel, meu irmão. E sua fidelidade se estende de geração em geração.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Maria, a primeira

Eu inda num sei iscreve direito, mais gostaria di fazê uma declarasão. É pra uma muié qui gosto dimais e é importante dimais pra mim. Essa muié chama Maria. Ela tem os zóio verde e uma rissada que mostra os dente tudo bunito, tudo arrumadin. Meus amigo diz que a Maria parece um anjin e eu acho tamém.

Quano ela me conheceu, eu era um vergonhoso. Tinha muita timideis, num quiria nem falar meu nome. Aí a Maria pediu pra mim contar uma istória. Ela quiria sabê o qui eu tinha feito no sábado e no dumingo. Contei da misa na igreja, do piquinique no parque e do gol qui fis no jogo do rapadão. Dibrei dois, o Sabino e o Danilo, e dei um xutão, bem no meio do gol. Foi bunito.

Nus outro dia, a Maria mi deu uma foia de papel, branca de tudo. Falou pra mim iscrevê meu nome na foia. Comesei a tremê. Ela mi pergunto si eu sabia iscrevê e falei qui não. Ela deu uma risadinha, mais num tava casoando de mim. Tava querendo mi ajuda. Mi ensino o A, dipois o B, dipois o C e dipois o D. Quando chegô no W eu mi confundi, mais a Maria ixplicou di novo e di novo.

Agora num tenho vergonha de iscrevê assim, errado. Fico felis. Pelo menos eu posso iscrevê essa cartinha pra Maria. Daqui um poco ela vai imbora pra otro lugar. Vai fica longe de mim. Mas inquanto isso, quero diser que ela é importante dimais na minha vida. Sem ela, eu ia ser triste dimais. Ela me insinou e agora eu pego onibus sem ajuda dos otros e leio a receita do médico. Maria mi ajudou a ser diferente.

Brigado Maria, minha profesora querida...

P.S: Carta de um aluno recém-alfabetizado, de 54 anos, escrevendo a primeira carta de sua vida à melhor professora da sua vida. Maria, a primeira.


domingo, 18 de agosto de 2013

Dona Neusa, um amor de sogra

Permita-me fazer uma homenagem. Afinal, hoje é domingo, dia de homenagens neste blog. Quero homenagear uma mulher. Não uma mulher qualquer. A mulher!!! Também não farei esta homenagem pelos seus atributos físicos, por sua beleza ou algo assim. Ela é maior que isso. Não se resume à beleza exterior, aos talentos ou virtudes. Ela é maior que tudo isso. Grande mãe, agora grande avó, sogra maravilhosa. Companheira de todas as horas.

Com ela não existe tempo ruim. Atende todas as ligações com uma voz amável e receptiva. Mesmo com problemas, que todos possuem, ela não deixa de oferecer uma boa conversa e ótimos conselhos. É forte, sim, mas também é nobre, pois não tem vergonha de chorar. Chora de tristeza, algumas vezes, mas de alegria, quase sempre. Só não admite uma coisa: que maltratem seus filhos. Como toda mãe que se preze, vira uma leoa quando isso ocorre.

Mas é na cozinha que ela dá um show. Bolos, tortas, doces, feijão, arroz, macarrão, chocolate quente, canjiquinha. Tenho a impressão que sua especialidade é tudo de gostoso que existe no mundo. Não se limita aos de casa. Alimenta bem até mesmo uma escola inteira. E duvido que tenha um único aluno que questione a qualidade e o sabor daquela merenda, por mais simples que possa ser o cardápio. Pra ter certeza do quanto ela cozinha bem, basta ver o tamanho da barriga do "seo" Cláudio.

Dona Neusa é minha segunda mãe. Me deu o privilégio de namorar (e não vejo a hora de casar) com uma de suas filhas. Mais do que isso, me permitiu fazer parte da sua familia, me integrar à sua casa. Presentes e mais presentes. Muitos falam mal de suas sogras. Nem se eu quisesse, teria motivos para falar mal dela. Deus foi muito gracioso comigo, ao me colocar na vida dela, na casa dela. Não sei se seria tão feliz, se não tivesse a dona Neusa como sogra.



Obrigado, Dona Neusa, é deixa preparado um doce de leite e um bolo de fubá cremoso, que estou chegando...

sábado, 17 de agosto de 2013

Hoje é sábado, dia de faxina

Hoje é sábado, dia de faxina. Com certeza, antes ou depois de ler este texto, você já lavou ou lavrá seu carro. Já arrumou, ou arrumará seu armário de roupas. Tirou, ou ainda tirará o pó dos móveis da sala. E o banheiro? Não se esqueça dela, caso ainda não tenha se lembrado. Afinal, é um dos cômodos mais importantes de nossas humildes residências. Portanto, mãos à obra.

Mas e se, além do carro e da casa, a gente tirasse esse sabadão para fazer uma faxina em nós mesmos, no nosso interior. Está disposto? Talvez seja ainda mais trabalhoso, e exigirá uma boa quantidade de alvejantes e detergentes. Mas no final, pode ter certeza. Vai ficar um "brinco". Você vai ter vontade de nunca mais deixar sujo, como estivera antes.

Comece pelos pensamentos. Tire deles todo arrependimento por algo que tenha feito, as mágoas por alguma decepção no passado. Esfregue bem a esponja, pra limar todas as ideias ruins, de derrota que possa existir neles. Em seguida, passe para o coração. Sabe aquele amor que ficou pelo caminho, que hoje só deixa tristes recordações? Jogue no lixo, bem longe. Tá vendo essa inveja, escondidinha bem no cantinho. Use o aspirador, tire-a do seu coração e incinere, pra nunca mais voltar. E o ódio? Tá grande hein, ocupando um baita espaço útil. Pegue um esguicho de água, daqueles bem fortes, e extermine com ele, sem piedade.

Conclua com uma limpeza na alma. Essa demanda um pouquinho mais de tempo e capricho. A alma se assemelha àquele quartinho de bagunças. Toda casa tem um. Dentro dele estão objetos, fotos, recortes de jornais, fatos que já deveriam ter virado descarte faz muito tempo. Mas seguem lá. Resistimos a nos desfazer daquelas tranqueiras. E, enquanto não nos desfazemos, elas entulham nossa alma, quase nos sufocando, nos impedindo de progredir. Se não limparmos, o quartinho, ou nossa alma, se torna uma âncora, um comodo perdido, sem que possamos abrir espaço para novas decorações, ambientes reformados.

Vamos à faxina? Já listou todo o material de limpeza necessário? Então podemos limpar, afinal hoje é sábado!!!

Bom final de semana.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Vantagens de estar solteira (no caso das mulheres)

Ontem, 15 de agosto, foi o Dia do Solteiro. Pensei que não precisasse publicar nada sobre a data, afinal já faz algum tempo que não sou mais solteiro. Mas, no final do dia, recebi uma ligação. Era uma amiga, a Dandara, já nas casa dos 30, que lamentava o fato de não ter namorado, um cobertor de orelha, um companheiro para dividir a pizza. Um alguém para chamar de seu. Um homem para ela implicar, brigar mesmo, quando outra mulher o cutucasse no Facebook.

Pois bem, disse a ela, vamos às vantagens que você tem de ser uma mulher solteira: tem uma cama só para você e pode dormir até na diagonal, para usar o espaço; sem ter um namorado para ligar, você gasta muito menos com o telefone celular; se estiver de TPM, pode chorar por qualquer motivo, sem que ele diga que está exagerando; o control remoto é seu e de mais ninguém; ninguém reclama se sua roupa está muito justa, curta ou decotada. Enfim, só vantagens Dandara.

Após essas palavras, Dandara se transformou. Deixou o baixo astral de lado, afogou a desilusão, deu um chute no traseiro da depressão e foi à luta. Colocou uma roupa nova, usou pela primeira vez o perfume que comprou no Natal, caprichou na maquiagem e se dispôs a conhecer gente nova, diferente. Fazer amigos e partir para o algo mais.

Ainda não consegui falar com ela depois disso. Não responde e-mails e não me atende nas redes sociais. Espero, sinceramente, que tenha saído do estado de solteira. Se a conheço bem, ontem ela foi à uma balada, beijou alguns rapazes interessantes e passou um pouquinho da conta na bebida. Neste momento, com enxaqueca e de ressaca, espera pela ligação de pelo menos um dos rapazes. Sinceramente, não creio que ligarão.

Mas, agora é sério. Se você está solteiro ou solteira, saiba que este também pode ser um momento feliz em sua vida. Independente de sua idade, a vida solteira pode ser benéfica, caso você saiba aproveita-la. Nada de ficar encanado, dizendo que vai ficar pra titio. Na hora certa, quando for o momento, e você vai saber, surgirá alguém que o fará mandar pra escanteio a fase de solteiro. Enquanto isso, aproveite. Não irá se arrepender depois.

Quanto à Dandara...Feliz Dia dos Solteiros, mais uma vez!!!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Viciado em você!!!

Existem pessoas viciadas em muitas coisas. Existem variados vícios, sendo a maioria deles destrutivos. Uns são viciados em álcool, outros em medicamentos. Também é possível encontrar viciados em sexo, pornografia, jogos ou drogas. Por isso, existem grupos e associações dispostos a reunir estes viciados, falar sobre o problema e tentar resolve-lo. Sob a condição de anonimato, eles se abrem, expõem suas situações e esperam por uma palavra de amparo.

Mas hoje eu quero falar de um vício que eu tenho. Ele não faz mal algum. Eu sou viciado em você. Isso mesmo, em você. Mesmo que não me conheça pessoalmente, ou não saiba detalhes da minha vida. Mesmo assim, você é o meu vício. Você que conversa comigo diariamente, semanalmente, anualmente. Ou mesmo que nunca tenha conversado comigo. Sou viciado em você. Mesmo você, que mantem contato comigo apenas por redes sociais, telefone ou carta. Também sou um viciado em você.

Esse vício me faz tão bem. Me faz pensar em você todos os dias, me preocupar se está bem, feliz, satisfeito. Ele me faz perder o sono quando fico sabendo que está doente. Me deixa sem fome quando sou informado que está triste. É um vício que não exige tratamento. Pelo contrário, exige que você esteja cada vez mais próximo a mim. Por isso, não me abandone.

Penso até em fundar uma entidade. Ela poderia se chamar AVIVO (Associação dos Viciados em Você). Nela eu relataria minhas experiências com você. Minha alegria em ver você cantar ou a surpresa de te ver bebericando uma bebida inesperada. Das vezes que te cuidei quando esteve doente, mesmo de longe. De quando pedi à Deus para te ajudar a tomar decisões certas.

O meu vício por você não apresenta contraindicações. Não vai me deixar zonzo ou com os olhos vermelhos. Também não me fará um sujeito violento ou sisudo. Pelo contrário, ele me faz feliz. Obrigado por ser meu vício, meu amigo, meu companheiro, meu irmão. Por favor, nunca fique longe de mim.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Perder para ganhar

Perder é muito ruim. Seja lá o que for. Perder hora para o trabalho ou escola deixa qualquer pessoa estressada. Perder o ônibus ou a carona. Perder dinheiro, um anel, um brinco ou um relógio. Não importa o tamanho ou valor do objeto perdido. Nos deixa mal, carrancudo e de mal com a vida por um período de tempo. Perder não é legal. Perder quando não estamos preparados, então, é mais desagradável ainda.

Mas, acredite. Existem perdas que são para o nosso bem. Perdemos alguma coisa hoje e, no futuro, mas vamos perceber que ganhamos muito mais, a partir daquela perda. Você nunca passou por isso? Deve ter passado. Quantas vezes você perde a hora do trabalho e, depois, fica sabendo que o chefe deu bronca em todo mundo que estava na empresa, menos você? Ou quem sabe você perdeu o ônibus, mas em seguida reencontrou um amigo que não via há anos e ganhou dele uma carona e saudosas histórias? Ou então a menina, que perdeu o namorado. Chorou, se escabelou, quase morreu. Mas hoje vê que não perdeu, mas ganhou, por estar ao lado de uma outra pessoa, realmente digna de sua companhia e carinho.

A vida é assim. Deus age assim. Nos permite perder algo hoje, para ganhar algo melhor amanhã. Permite que perdemos um emprego, para alavancar nossa carreira amanhã. Nos permite chorar pela perda de um bem, mas nos dá a segurança de que teremos outro bem, melhor ainda, no futuro. Essas perdas são doloridas no inicio, parecem não ter cura. Mas servirão como experiência, como alento para os dias vindouros.

Portanto, se você perdeu algo que tanto estimava, hoje, saiba que não está sozinho. Eu também perdi. Milhares de pessoas em sua volta também perderam. Hoje nós vamos chorar, lamentar e acreditar que tudo chegou ao fim. Mas, tenha calma. Amanhã será diferente. As vitórias conquistadas no novo dia nos fazem esquecer as perdas do passado.

Sejamos gratos.

domingo, 11 de agosto de 2013

Meu pai é meu super herói

Eu tenho um super herói preferido. Ele não tem medo e nunca perdeu uma batalha. Tenho até um poster dele, gigante, bem na cabeceira da minha cama. Meu super herói não usa capa, espada e tampouco arma de laser. Também não precisa de escudo e não pula por cima de prédios ou destrói carros e prédios com um estalar de dedos. Mesmo assim, não tenho nenhum temor quando estou perto dele. Somente sua voz me deixa aliviado.

Quando criança, meu super herói até dormia comigo. Quando eu perdia sono, ele derrotava os "monstros" que teimavam em me deixar acordado. Contava histórias de suas vitórias e me encantava com todas as peripécias em um reino que não conhecia. Dizia como tinha sido o seu dia de trabalho, como triunfou sobre as fantasmas dos trânsito e passou como um gladiador sobre uma malvada, que ele chamava de correria.



Poucas vezes vi meu super herói triste. Quase nunca presenciei uma lágrima rolando em seus olhos. Já esteve doente, algumas vezes, mas mesmo assim não se enfraqueceu. Me livrou muitas vezes dos gigantes do colégio, que teimavam em me perseguir. Enxugou minhas lágrimas infinitamente vezes, quando me machucava jogando bola ou brincando de lutar com os amigos. Ele sempre foi meu porto seguro.

Dizem que hoje é o dia do meu herói. Quero demais lhe entregar presente. Mas qual, se todas as riquezas do mundo se resumem a nada, perto do ele já fez por mim. Hoje meu super herói já está com as mãos e pés enfraquecidos. Sua pele já aparece enrugada e seus reflexos não são mais os menos. Às vezes até esquece o meu nome. Não tem problemas. Ontem, hoje e amanhã. Forte ou fraco. Longe ou perto. Meu pai é meu super herói. Nele eu confio. Obrigado pai.

Feliz Dia dos Pais!!!

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Vamos valorizar nossos "véinhos"

Chega a ser crueldade a maneira que o Brasil trata seus idosos. Diariamente, homens e mulheres, fundamentais na história e construção desta nação, morrem isolados, abandonados e esquecidos em asilos ou clínicas geriátricas. Mãos enrugadas, calejadas, que tanto fizeram para o país fosse o tal "gigante desperto" de hoje, não conseguem mais se segurar para impedir uma queda. Pernas que chegaram a caminhar quilômetros e mais quilômetros, buscando o sustento de suas famílias, agora necessitam de muletas e bengalas, quando não cadeira de rodas, para estarem sustentadas. Triste.

Em comparação com outros países, então, nosso despreparo em relação aos mais velhos chega a ser covarde. Pra ficar somente em dois, cito os Estados Unidos e o Japão. Os americanos reverenciam o seus "pais", seja por muitos terem defendido a pátria nas guerras ou simplesmente por terem construído o império ianque. Já no Japão, e em outras nações orientais, os idosos chegam a ser mais valorizados que os mais jovens, mesmo sendo estes a mola propulsora atual de suas economias. Quantas diferenças...

Aqui, em território tupiniquim, os idosos trabalham a vida inteira para, ao se aposentarem, receberem um ou dois salários mínimos mensais, dinheiro que não dá nem para comprar remédios. Excetuando a classe política, convenhamos indigna de qualquer menção neste espaço, os senhores e senhoras que deram e dão a vida por este Brasil, são completamente desamparados no momento em que mais precisam de auxilio.

Em muitos casos, nem na família os mais velhos encontram refúgio. Basta olharmos as noticias, cada vez mais rotineiras, de filhos que abandonam os pais. Hospitais e casas de repouso estão cheios de idosos que, já há muito tempo, não são visitados por seus parentes. Contam com os enfermeiros, assistentes sociais e outros idosos, para não ficarem completamente sozinhos. Isso quando os familiares não agridem ou até mesmo provocam a morte destas pessoas indefesas.

Por isso, se existe algum idoso em seu círculo de convivência, valorize-o. Ele não conseguirá te ajudar a construir uma casa, mas vai te agraciar com um castelo de sabedoria. Se não existe, dê lugar a um cada estiver no ônibus ou na fila de um banco. Porque, com certeza, você será um deles muito em breve.

Seja bondoso.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Brasil, transitando pela Rodovia da Ignorância

Nos dias atuais é quase um insulto falarmos em educação. Solicitar educação, então, se assemelha a um sacrilégio. E isso é extremamente lamentável. Não existe cidadania, sem educação. Não há civismo, onde não existe educação. Respeito ao próximo e não preconceito às atitudes de outrem são direitos ultrajados em um povo que não é educado. O Brasil, infelizmente, caminha por estrada perigosa, chamada Rodovia da Ignorância.

Quando se pede investimentos em educação, despejar dinheiro público não basta. São fundamentais políticas sérias e desprovidas de quaisquer interesses políticos e partidários. Deve se trabalhar na raiz do problema, que é a formação sócio-cultural da população, e não apenas no topo da piramide educacional, a sala de aula. Quando todos os esforços visam apenas a sala de aula, esquecendo das ações fundamentais a partir da base, os investimentos passam a ser despejados pelo ralo.

Ralo, aliás, que passou a hora de ser fechado. Ou melhor, ralos. Vários deles. Burocracia, corrupção, falta de capacitação, ações ilícitas. Todos esses problemas emperram o crescimento da educação no país. O mais doloroso é que são problemas conhecidíssimos e, a impressão que passa, é de que nossos governantes não tem lá tanta pressa em resolve-los. Por que será?

Enquanto isso, já não nos surpreendemos mais com a estrutura educacional brasileira, que beira o arcaico. Materiais sucateados e defasados, alunos desinteressados e desmotivados, professores perdendo a paixão pela arte de ensinar. Isso quando não são agredidos em sala de aula. O governo não faz sua parte. Mas os pais também não.

Uma educação de verdade começa em casa, na família. A responsabilidade de educar, primeiro, é dos pais. A escola deverá ser um suporte para essa educação. Não podemos, como pais, querer transferir essa responsabilidade para os professores. Trata-se de omissão. Se temos, hoje, alunos rebeldes, indisciplinados e desobedientes aos docentes, provavelmente eles também sejam assim em casa.

Queremos uma Educação melhor? Sim, queremos. Temos o direito legal de exigir isso. Mas oferecemos, em casa, uma educação ideal? Pense nisso.

Sejamos educados.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O poder da música

É incrível o poder que a música exerce sobre nós. Eu sou leigo, não entendo nada de teorias musicais. Mas adoro música. Gosto demais de me deitar ouvindo música, viajar com o fone no ouvido e até tomar banho, com meu radinho devidamente protegido com uma capa impermeabilizante. A música faz parte de nossas vidas, está arraigada em nosso cotidiano. Pense bem. Todos os momentos marcantes em nossa história, continham uma tema musical, ou ganhariam um com o passar do tempo.

Tudo bem, eu concordo que no Brasil, ultimamente, qualquer porcaria estão chamando de música. Cantores bem medianos estão sendo classificados de "monstros sagrados" da música nacional. Os maiores vendedores de discos e shows não são capazes de compor ou entoar canções que contenham mais silabas que as grudentas tche-tche-re-re, le-le-le, ou tanhe-tanhe-tanhe. Mas nada é tão bom como uma música de verdade.

A música desperta nossas paixões. Nos faz recordar do passado. A primeira professora, os primeiros amigos, a primeira namorada, o primeiro beijo. Tudo é lembrado a partir de uma música. Ela nos faz chorar, mesmo quando estamos felizes. Nos faz sorrir, mesmo quando estamos tristes. Em casos têm o poder anestésico, nos livrando até de algumas dores, mesmo que momentaneamente.

O gosto pela música independe do estilo musical preferido. Também não está ligado à uma formação técnica ou cultural pelo assunto. Gostamos porque nos faz bem. Não importa a idade, a nacionalidade ou a classe social. A música encanta, não somente quem canta, mas a todos. Está com seu fone de ouvido ou pen-drive aí? Boa seleção musical e ótimos momentos de viagem para você.

Sejamos felizes.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Inveja: o câncer que mata o próprio invejoso

O invejoso é uma das piores espécies de seres humanos. É incrível o poder destruidor que existe na inveja. Mas, o interessante e triste, é a destruição não atinge o invejado, mas sim o próprio invejoso. Quantos casos conhecemos de pessoas doentes, de espíritos doentes e quase mortos, cuja causa tenha sido a inveja? Quantos relacionamentos destruídos, amizades perdidas, paixões esquecidas, tudo fruto da maldita inveja.

Invejar alguém é desejar estar no lugar deste alguém. Quando invejamos, por exemplo, o sucesso de alguém, estamos, em nosso íntimo, torcendo para que essa pessoa fracasse, tenha seu sucesso arruinado. Os invejosos, na verdade, são incapazes assumidos. Se não quero trabalhar muito para ter uma casa boa, invejo quem a tem. Se não quero estudar para ter uma profissão digna de um bom salário, invejo quem estudou. Se não sou homem suficiente para ter uma mulher maravilhosa ao meu lado, invejo quem conseguiu.

Seria bacana se, ao invés de sentirmos inveja, ficássemos orgulhosos dos triunfos alheios. E mais, além de orgulhosos, deveríamos ficar encorajados e motivados para buscar o mesmo sucesso. Ninguém se torna vencedor nesta vida sem trabalhar. Não conheço ninguém que tenha obtido exito pessoal enquanto sentia inveja dos outros, maquinando em seu coração uma maneira de ver o seu próximo cair.

Nem por motivos tidos como "nobres" devemos sentir inveja. Podemos nos espelhar em pessoas que fazem o bem, que amam e ajudam o próximo, que possuem compaixão e gratidão em seus corações. Mas nunca os invejar. Inveja é sinal de fraqueza. É um câncer maligno, quase que mortal, que deve ser extirpado de nossos corações.

Sejamos felizes.

domingo, 4 de agosto de 2013

O gigante faz 100 anos. Parabéns Rio Branco!!!

O futebol é mágico. Ele nos faz viajar sem sair do lugar, nos faz sonhar acordados. O futebol tem o incrível poder de unir povos diferentes, fazer amigos no momento de um gol e inimigos no mesmo momento. Um jogo de 90 minutos proporciona emoções comparadas à epopeias e decepções que nos fazem buscar um esconderijo, longe de tudo e de todos.

Eu amo futebol. Frequento estádios desde quando me entendo por gente. Já sentei no cimento quente da arquibancada, tomando sol e chuva. Já sentei nas cadeiras cativas, e, não raras vezes, tive que trocar de lugar com a chegada do proprietário dela. Já fiquei rouco de gritar gol, por xingar o árbitro ou por lamentar uma derrota. Já saí muito triste do estádio, mas no jogo seguinte estava lá, com a mesma confiança no triunfo.

Só existe um time de futebol que já me fez chorar. Ele completa 100 anos hoje. Muitos duvidavam que alcançaria essa marca. Eu nunca duvidei. O seu estádio, o charmoso Décio Vitta, hoje municipal, foi a minha segunda casa. Praticamente todos os dias eu lá estava. Assistindo treinos, jogos. Escorregando com papelão no antigo barranco. Lá era meu país das maravilhas. Aprendi com o Juraci, meu irmão, a amar esse clube. Vibrei com gols de Macedo, Marcelo Carioca, Marcos Vinicius, Mazinho Loyola, Sandro Hiroshi, Lincoln, entre outros. Comemorei como um gol as defesas de Silvio Luiz, Marquinhos Sartore, Marcelo Bonan, Magrão, Yuri, Cristiano e outros grandes goleiros. Torci demais pelo êxito de treinadores do quilate de Cilinho, Cassiá, Lula Pereira, Afrânio, Zé Teodoro e cia.

É impossível não se apaixonar pelo Rio Branco Esporte Clube. Poucos são tão respeitados, no Brasil, como este gigante do interior. Nascedouro de craques do porte de Flávio Conceição, Marcos Assunção, Mineiro, Marcos Senna, Zinha, Anailson. Time que incomodava os grandes, os vencendo em casa e fora dela. Como fez bonito esse time, em 100 anos de história. História esta que medíocres
tentaram, mas não conseguiram destruir.

Parabéns Rio Branco. Obrigado Juraci, por me ensinar a amar este clube. Nas vitórias e nas derrotas!!!

sábado, 3 de agosto de 2013

Protestamos. Mas, e agora?!!

A onda de protestos que varreu o Brasil, principalmente me meados do mês de junho, parece ter se acalmado. Nas ruas, são raros os movimentos pedindo mudanças em municípios, estados e no país. O que vemos agora, com pouquíssimas exceções, são apenas baderneiros e arruaceiros, querendo apenas aparecer e provocar quebra-quebra. Valeu a pena tudo o que foi feito? Esse espirito de indignação, de busca pelos nossos direitos, irá prosseguir?

Sinceramente, eu duvido muito. O histórico do povo brasileiro mostra que, sim, quando queremos, saímos às ruas para gritar, cantar o hino nacional, estufar os peitos para demonstrar o orgulho de sermos brasileiros. Mas nos dias que se seguem, voltamos à rotina diária, aos nossos afazeres corriqueiros, e nem nos lembramos daquilo que tanto pedimos e por tanto lutamos. Foi assim na luta pelas Diretas Já e na queda de Fernando Collor de Mello. O povo saiu vencedor, mas pouco comemorou essas vitórias.

Gostaria que fosse diferente desta vez. Seria importante demais se nós, povo brasileiro, mantivéssemos essa conduta de cobrança, de pressão sobre os nossos governantes. Não é necessário sair às ruas ou organizar grandes movimentos, embora eles sejam válidos. Basta ensinarmos aos nossos filhos conceitos básicos de cidadania, civismo e honestidade. Basta gastarmos um pouquinho do nosso tempo buscando informações sobre nossos vereadores, deputados e prefeitos. Eles estão trabalhando corretamente? Foram merecedores de nossa confiança? Essa ação é individual, depende de cada um dos brasileiros.

Por fim, o grande protesto que podemos fazer acontece de dois em dois anos. Em 2014 haverá um. E o poder do voto. Nas eleições, somos poderosos. Seremos nós quem vamos escolher nossos governantes. E, a partir desta escolha, saberemos a necessidade de novos movimentos nas ruas no futuro. A solução está em nossas mãos.

Bom sábado.


sexta-feira, 2 de agosto de 2013

É difícil amar?

Amar é tão difícil!!! Frase curta que ouvi de um amigo e me levou a pensar. Será mesmo? Se a resposta for sim, entra outra pergunta: por quê? Na vida a gente ama demais, você já deve ter percebido. Amamos nossos pais, nossos irmãos, amigos. Amamos nosso cachorro, nosso gato ou papagaio. Amamos nosso time do coração, amamos nosso namorado, esposa ou esposa e nossos filhos. Amamos a Deus. Em suma, amamos do nosso nascimento até a nossa morte.

Mas então, porque seria tão difícil amar? Não seria como andar de bicicleta, que quanto mais você pratica, mais fácil fica. Ou então pular cordas, soltar pipas, fazer compras no supermercado. Quanto mais você faz, menos difícil fica. A vida ensina que não, não é simples assim. Amar exige muito, infinitamente muito mais do andar de bicicleta ou soltar pipas. Amar exige um esforço quase insuportável.

Para amar é preciso entender e aceitar quem está sendo amado. Tem que haver cumplicidade com o objeto do nosso amor. Quando amamos, de verdade, despimos de nós mesmo e passamos a vestir o outro. Mas, entenda bem. Quando digo despir de nós mesmos, não estou afirmando que deva existir uma alto-renúncia. Pelo contrário, quando amamos, fortalecemos o nosso interior, na mesma medida em que nosso amado se fortalece.

Quando amamos, somos felizes. Quando estamos amando, nos sentimos mais belos, fortes e inteligentes. Nunca será amor, se ficarmos angustiados ou em dúvida sobre nossos sentimentos. O amor faz com que nos atiremos num oceano, que é o nosso amado, sem dúvidas nenhuma se seremos seguros, se haverá botes ou coletes salva-vidas. Nós simplesmente nos atiramos.

Finalmente, respondendo a pergunta do amigo citado no primeiro parágrafo: Amar é difícil demais. Mas não existe coisa melhor.

Boa sexta-feira.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Rodrigo, o tímido

Devo confessar uma coisa. Sou extremamente tímido. Pode não parecer, mas morro de vergonha em algumas situações. Falar em público, conversar demoradamente com alguém desconhecido, pedir as namoradas para os pais. São algumas das situações que me embaraçam ou já me deixaram desconcertados. Muitos amigos meus são assim. Uns mais, outros menos, mas todos possuem pelo menos uma pontinha de timidez.

Ser uma pessoa tímida conta com suas vantagens e desvantagens. Uma vantagem é você poder manter um certo isolamento, uma relativa privacidade com relação às demais pessoas. Isto impede que detalhes particulares se tornem públicos e desagradáveis. Como desvantagem, aponto a dificuldade de relacionamentos, o que atrapalha aspectos da vida social, profissional e também sentimental. Portanto, a timidez pode ser defendida e atacada, na mesma medida.

Estudei com um rapaz, o Rodrigo. Ele deve ter passado na fila da timidez umas 10 vezes. Tinha vergonha de tudo. De falar na sala de aula, de se levantar para ir ao banheiro, de conversar com o colega de carteira. Incrível!!! Apresentações de trabalhos em grupo, na frente, então, era quase que um martírio para o Rodrigo. Alguns companheiros de classe só ouviram a sua voz lá pelo quarto mês de curso.

Mas um dia o Rodrigo me ensinou uma grande lição. Destas que a gente leva para a vida inteira. Já eram quase 22 horas, numa sexta-feira. Não preciso nem dizer o quanto os alunos estavam loucos para ir embora. Mas a aula seguinte era importante demais, revisão para a prova. Quase todos os estudantes decidiram boicotar a aula. Quase todos, menos Rodrigo. Ele ficou na sala. E ouviu, sozinho, toda a revisão.

Para nossa surpresa, ao abrirmos os e-mails no dia seguinte, lá estava uma correspondência do Rodrigo. Continha todos os textos da revisão, mais as dicas do professor da matéria e outras valiosas anotações do próprio Rodrigo. Creio que a reação de todos, ao receber o e-mail, foi a mesma: surpresa, vergonha e gratidão. Tudo junto.

Foi um tapa em nossas faces. Aquilo rapaz quieto, tímido e até mesmo rejeitado, o Rodrigo, salvou o nosso semestre. No decorrer do curso ele continuou na dele, isolado e sem muita conversa. Mas nós, os populares e sociáveis nunca mais nos esquecemos daquela atitude.

Boa tarde.