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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Brasil, transitando pela Rodovia da Ignorância

Nos dias atuais é quase um insulto falarmos em educação. Solicitar educação, então, se assemelha a um sacrilégio. E isso é extremamente lamentável. Não existe cidadania, sem educação. Não há civismo, onde não existe educação. Respeito ao próximo e não preconceito às atitudes de outrem são direitos ultrajados em um povo que não é educado. O Brasil, infelizmente, caminha por estrada perigosa, chamada Rodovia da Ignorância.

Quando se pede investimentos em educação, despejar dinheiro público não basta. São fundamentais políticas sérias e desprovidas de quaisquer interesses políticos e partidários. Deve se trabalhar na raiz do problema, que é a formação sócio-cultural da população, e não apenas no topo da piramide educacional, a sala de aula. Quando todos os esforços visam apenas a sala de aula, esquecendo das ações fundamentais a partir da base, os investimentos passam a ser despejados pelo ralo.

Ralo, aliás, que passou a hora de ser fechado. Ou melhor, ralos. Vários deles. Burocracia, corrupção, falta de capacitação, ações ilícitas. Todos esses problemas emperram o crescimento da educação no país. O mais doloroso é que são problemas conhecidíssimos e, a impressão que passa, é de que nossos governantes não tem lá tanta pressa em resolve-los. Por que será?

Enquanto isso, já não nos surpreendemos mais com a estrutura educacional brasileira, que beira o arcaico. Materiais sucateados e defasados, alunos desinteressados e desmotivados, professores perdendo a paixão pela arte de ensinar. Isso quando não são agredidos em sala de aula. O governo não faz sua parte. Mas os pais também não.

Uma educação de verdade começa em casa, na família. A responsabilidade de educar, primeiro, é dos pais. A escola deverá ser um suporte para essa educação. Não podemos, como pais, querer transferir essa responsabilidade para os professores. Trata-se de omissão. Se temos, hoje, alunos rebeldes, indisciplinados e desobedientes aos docentes, provavelmente eles também sejam assim em casa.

Queremos uma Educação melhor? Sim, queremos. Temos o direito legal de exigir isso. Mas oferecemos, em casa, uma educação ideal? Pense nisso.

Sejamos educados.

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