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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Vamos valorizar nossos "véinhos"

Chega a ser crueldade a maneira que o Brasil trata seus idosos. Diariamente, homens e mulheres, fundamentais na história e construção desta nação, morrem isolados, abandonados e esquecidos em asilos ou clínicas geriátricas. Mãos enrugadas, calejadas, que tanto fizeram para o país fosse o tal "gigante desperto" de hoje, não conseguem mais se segurar para impedir uma queda. Pernas que chegaram a caminhar quilômetros e mais quilômetros, buscando o sustento de suas famílias, agora necessitam de muletas e bengalas, quando não cadeira de rodas, para estarem sustentadas. Triste.

Em comparação com outros países, então, nosso despreparo em relação aos mais velhos chega a ser covarde. Pra ficar somente em dois, cito os Estados Unidos e o Japão. Os americanos reverenciam o seus "pais", seja por muitos terem defendido a pátria nas guerras ou simplesmente por terem construído o império ianque. Já no Japão, e em outras nações orientais, os idosos chegam a ser mais valorizados que os mais jovens, mesmo sendo estes a mola propulsora atual de suas economias. Quantas diferenças...

Aqui, em território tupiniquim, os idosos trabalham a vida inteira para, ao se aposentarem, receberem um ou dois salários mínimos mensais, dinheiro que não dá nem para comprar remédios. Excetuando a classe política, convenhamos indigna de qualquer menção neste espaço, os senhores e senhoras que deram e dão a vida por este Brasil, são completamente desamparados no momento em que mais precisam de auxilio.

Em muitos casos, nem na família os mais velhos encontram refúgio. Basta olharmos as noticias, cada vez mais rotineiras, de filhos que abandonam os pais. Hospitais e casas de repouso estão cheios de idosos que, já há muito tempo, não são visitados por seus parentes. Contam com os enfermeiros, assistentes sociais e outros idosos, para não ficarem completamente sozinhos. Isso quando os familiares não agridem ou até mesmo provocam a morte destas pessoas indefesas.

Por isso, se existe algum idoso em seu círculo de convivência, valorize-o. Ele não conseguirá te ajudar a construir uma casa, mas vai te agraciar com um castelo de sabedoria. Se não existe, dê lugar a um cada estiver no ônibus ou na fila de um banco. Porque, com certeza, você será um deles muito em breve.

Seja bondoso.

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